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A primeira vez foi inesquecível. Trata-se do Grêmio no belo estádio palmeirense, o Allianz Parque. Por imprevistos nos campeonatos por pontos corridos passados, o Tricolor ainda não havia pisado na nova casa do Verdão. Na noite desta quarta-feira (19), não estava com o tapete muito arrumado e muitos dos anfitriões eram reservas, mas não poderia fazer diferença para um Grêmio sedento pela Copa do Brasil. Além do mais, vários dos suplentes do Palmeiras caberiam no time titular da maioria das equipes do Brasil, em um elenco bastante recheado de opções e que visa o título do Campeonato Brasileiro.

Foto/UOL Esportes

O Tricolor de Renato Portaluppi havia jogado com os reservas diante do Santos e quem entrou no Allianz Parque precisaria dar o seu melhor em busca da classificação na Copa do Brasil. O ataque com armação de Douglas, somada a Luan e Pedro Rocha causa estranhamento. Miller Bolaños e Everton no banco de reservas aguardavam oportunidade. 

No primeiro tempo, alguns sustos e uma partida abaixo de Douglas e de Pedro Rocha. No início do segundo, o problema da bola aérea voltou a rondar e quase custou caro demais. Já havia custado caro na Libertadores e em rodadas do Brasileirão, mas um escanteio do Palmeiras deu chance a Thiago Martins, de cabeça, fazer 1 a 0 aos mandantes. O resultado passava a servir para classificação do Verdão, que seguiu explorando bem o jogo aéreo com o técnico Cuca. 

O Grêmio também possuiu uma má atuação do volante Walace, novamente abaixo de seus rendimentos pré-olímpicos. Após o gol sofrido, ao menos para torcida, passa todo um filme do retrospecto na Copa do Brasil e outras eliminações, mas era preciso acreditar em alguma solução. Ela estava lá o tempo todo e foi para o jogo, na troca entre Pedro Rocha e Everton. 

O jogo ganhou em drama ao Grêmio pela necessidade da entrada do terceiro goleiro, o jovem Léo, no lugar do lesionado Bruno Grassi. Marcelo Grohe já estava fora por fascite plantar e Grassi sentiu dores musculares no segundo tempo e virou dúvida para sequência. Grohe pode voltar no clássico Gre-Nal. 

O argentino Allione acabou expulso pelo Palmeiras em lance oriundo de Everton e lá o Grêmio voltava mais do que nunca ao jogo e à Copa do Brasil. Justamente com um jogador a mais e na categoria, na individualidade de Everton. A exemplo do gol que havia marcado no empate contra o Santos, ele conseguiu o tento de um empate ainda mais valioso. Recebeu na esquerda da área, puxou para o meio e finalizou forte, no chão, sem chances para o goleiro Jailson: 1 a 1 e classificação de volta às mãos gremistas. 

Com um jogador a mais, o Tricolor ainda desperdiçou oportunidades de matar de vez o confronto e só ecoou o grito da classificação aos 48 minutos, com o apito final. Renato já concedeu entrevista de que dará puxões de orelha na equipe, pela dificuldade em aproveitar as chances e comentar os erros defensivos do empate no Allianz Parque. A boa notícia foi atuação segura de Kannemmann, o perseguidor ao principal palmeirense em campo, Gabriel Jesus. 

Foi suado, foi tenso e o Grêmio precisa corrigir seus erros para seguir pensando no título da Copa do Brasil. Na semifinal, pela frente tem o Cruzeiro, o outro tetracampeão do torneio, em duelo para decidir quem entrará na final em busca do penta. Antes disso, um clássico Gre-Nal apimentado entre dois semifinalistas. Um Inter que ainda luta contra o rebaixamento e um Grêmio com chances da vaga à Libertadores pelo G-6. Uma Arena lotada e a dúvida na condição de quais jogadores entrarão em campo na tarefa do clássico. 

No que se espera do time considerado titular gremista, um Everton veloz e finalizador que pede passagem. Miller Bolaños segue como opção para propor boa movimentação ofensiva. Contra o Cruzeiro, o Grêmio joga nos dias 26 (próxima quarta) e 2 de novembro, pela semifinal da Copa do Brasil.

Texto por @HenriqueKonig - Jornalismo UFPEL

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