O time de Renato Portaluppi mostrou a verdade em campo: exibiu uma diferença técnica gigantesca e aplicou um “chocolate” de 4 a 0 em cima do Brasil de Pelotas, no jogo de ida da final do Gauchão. Assim, encaminhou o fim do jejum no estadual e a conquista da taça – sem falar no belo presente de Páscoa para a torcida azul.
Falta o jogo de volta, é verdade, e que será disputado no próximo domingo, no Bento Freitas. Mas Clemer não conseguiu completar a missão de sair vivo da Arena e terá de realizar uma epopeia em casa para ainda sonhar com o título. O Xavante até resistiu ao Grêmio no primeiro tempo. Mas a partir da expulsão de Éder Sciola, no fim da primeira etapa, os donos da casa sobraram. Everton, em duas assistência de Jael, Alisson e Ramiro anotaram os gols gremistas.
Assim que o árbitro Anderson Daronco iniciou a partida, os dois times logo apresentaram suas armas. O Grêmio tratou de tocar a bola, no melhor estilo “tiki-taka”. O sistema fez a bola rolar intensamente, enquanto o Brasil se retraiu no campo defensivo, vendo o grupo de Renato rodar e girar.
Só que essa sistemática do Grêmio teve muitas dificuldades de derrubar o paredão proposto por Clemer, na intermediária. Em jogadas individuais, Luan brilhava no primeiro lance, mas não conseguia transformar as iniciativas em chance de gol. Jael teve boa chance de abrir o marcador, em um chute frontal.
A estratégia proposta por de Clemer esteve muito perto de dar certo. Em uma escapada, Calyson surgiu como homem surpresa na grande área. Desviou de cabeça após cruzamento de Artur, em bola que saiu próxima ao travessão, na melhor chance da primeira etapa.
Grêmio aperta, mas Brasil se segura
O Grêmio esperava um jogo fechado e por isso, começou sendo ultra ofensivo. Com o time bem adiantado, o Tricolor trocou passes e até conseguiu entrar na área do Brasil de Pelotas. Mas o volume todo, que chegou a bater na casa de 85% da posse de bola, não virou gol. A pontaria descalibrada ainda deu brecha para o Xavante puxar contra-ataques.
A resistência do time visitante não tirou o Grêmio do prumo. Até o intervalo foi o dono da casa quem chegou mais perto de abrir o placar. Com calma e resistindo até as faltas mais duras. Sem reagir na mesma moeda, o Tricolor ainda viu o rival ter baixa decisiva.
Expulsão e reclamação pesada
No final do primeiro tempo, Éder Sciola foi expulso e gerou polêmica. O lateral direito subiu para disputar bola pelo alto com Luan e recebeu o segundo cartão amarelo. A decisão de Anderson Daronco tirou o Brasil de Pelotas do sério. Jogadores foram cobrar a arbitragem e, no túnel para o vestiário, até dirigentes protestaram na passagem da equipe do árbitro. "O Daronco (árbitro da partida) acabou com o jogo", disse Heverton, zagueiro do Xavante.
SEGUNDO TEMPO
Com um jogador a mais e espaço em campo, o Grêmio surpreendeu o Xavante com poucos segundos. Na intermediária, Arthur achou Jael em frente a área, que exercia a função de pivô. O centroavante fez lançamento rasteiro por entre as linhas da zaga. Nesse corredor, encontrou Everton. Com um chute cruzado, o atacante não perdoou.
O tento não somente aumento a confiança gremista, como atordoou os visitantes. Assim, o segundo gol veio logo em seguida, novamente em jogada coletiva. Após lançamento qualificado de Maicon, Jael surgiu alto na grande área para desviar de cabeça. Marcelo Pitol saltou e executou a defesa, em um primeiro momento. Na pequena área, Alisson errou o primeiro chute, mas tempo de se recuperar e tocar para as redes.
Insaciável, o grupo de Renato tentava encaminhar o título na Arena. E ficou realmente muito perto disso. A começar por um toque de calcanhar de Jael, que resultou no gol de Everton. Ramiro ainda ampliou o placar em cobrança de falta, ao aproveitar falha de Pitol.
DUPLA AFIADA
Ninguém jogou mais na partida do que Jael e Everton. Foram eles que deram um belo presente de Páscoa ao torcedor gremista. Dos pés do centroavante, surgiram duas assistências para o atacante velocista. E um desses passes ainda foi de letra.
Uol, Globoesporte.com
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