As opções táticas de Enderson Moreira no Grêmio

O Grêmio quer fazer desse 2014 um ano diferente dos últimos. Um ano com títulos e sem decepções. A torcida quer. E é por isso que Enderson Moreira foi contratado. Para dar um novo ânimo ao velho torcedor gremista. A direção cansou dos mesmos nomes. Dos técnicos caros que não conseguiam dar resultados.
A direção inovou, apostou em um treinador com pouca experiência para uma Libertadores.
Pode dar muito certo, ou pode dar muito errado. Nós como bons torcedores, ficamos com a primeira opção.
A principal credencial de Enderson é o seu trabalho desenvolvido no Goiás, aonde armou um 4-2-3-1 e quase foi para a Libertadores. Claro que Walter foi peça chave daquele time, mas o 4-2-3-1 deu o equilíbrio necessário para que o time chegasse longe.

No Grêmio, Enderson chegou dizendo que seu esquema favorito é o 4-2-3-1. O esquema da moda. Mas com a saída de Elano e o tempo de adaptação de Alan Ruíz fizeram com que o treinador treinasse a equipe no 4-4-2. Com Zé, Souza e Kléber fora de um treinamento, Enderson treinou o 4-1-4-1, com Edinho à frente da área. Já no jogo contra o Aimoré, pela terceira rodada do Gauchão, o treinador optou pelo 4-3-1-2, que por alguns momentos se tornou um 4-3-3, já que o Maxi era por vezes um ponta esquerda.
Então, o treinador já utilizou 5 esquemas táticos diferentes. E contando que o Grêmio não contrate mais nenhum reforço de peso, fica a dúvida de qual será o esquema utilizado.

O Grêmio tem peças no elenco para conseguir fazer variações táticas durante o jogo sem mexer na equipe. E isso é muito bom para quando tivermos que enfrentar times bem montados. Enderson é um cara estudioso, saberá com usar isso.

4-2-3-1

No esquema preferido de Enderson, provavelmente teríamos Maxi, Zé Roberto e Alan Ruíz fazendo a linha de três meias, deixando Barcos como referência. Esse é para muitos, inclusive para mim, o esquema ideal. Claro que contamos com uma adaptação rápida de Alan Ruiz e a permanência de Zé Roberto, mas Evérton, Luan, Jean Deretti e Canhoto são opções boas para esse esquema. Com o uso desses jogadores, evitamos o gasto para trazer algum outro jogador de fora.

Os três meias nesse esquema devem se movimentar bastante e também voltar para defender. A incógnita fica por conta do como Zé Roberto se sairia jogando com 3 jogadores ao seu lado. Ou seja, 3 opções de passe à frente. Claro que talvez Zé Roberto possa fazer uma dobradinha com o Wendell pela esquerda, já que com quase 40 anos, está em plenas condições. Assim, Alan Ruiz seria deslocado para sua posição de origem e jogaria como enganche.


4-4-2

O 4-4-2 certamente foi o esquema mais treinado durante a #PréTemporadaTopper2014. Enderson testou Kléber e Barcos juntos novamente. O resultado foi positivo. Os dois marcaram na estréia do time principal no Gauchão. E isso é uma esperança para a torcida. 

Kléber tem um nome forte no futebol brasileiros nos últimos anos. Quase foi campeão da América com o Cruzeiro, foi bem no Palmeiras e chegou aqui com status de grande atacante. Teve um ínicio muito promissor, mas que parou em uma lesão. Depois que voltou da lesão, não foi mais o mesmo. Fez um 2012 irregular, e começou a temporada 2013 como reserva. Ficou como reserva boa parte do ano e só conseguiu destaque quando Renato chegou e implantou o 3-5-2. Nos primeiros jogos, Kléber vinha tendo destaque, e foi apontado como o melhor jogador do primeiro turno no Grêmio. Mas o segundo turno chegou e seu futebol desapareceu. Ficou o segundo turno completo sem marcar um gol. 

Hoje, eu não confiaria no Kléber como titular. Para mim, ele vai ser reserva do Barcos. Mas se Enderson optar por jogar neste esquema, provavelmente o Gladiador será titular.

4-1-4-1

Esse é o esquema mais utópico dos citados. Dificilmente será esse o esquema da temporada, mas pelos relatos de alguns repórteres, Enderson treinou esse esquema. Esse é o esquema utilizado por Pep Guardiola no Bayern de Munique e para que dê certo é preciso muita aplicação tática de todos os jogadores. Também é preciso que o primeiro volante seja um bom passador para que possa distribuir o jogo. Os pontas precisam voltar para auxiliar os laterais. É um esquema complexo. Mas se for treinado e aplicado pode ser que dê resultados. Nesse esquema veríamos a participação de todos os jogadores.

Enderson também pode optar por jogar em um 4-4-2 com losango no meio, o que eu acho um retrocesso. Bom, esse texto serviu mais para esclarecer como Enderson tem opções para montar um Grêmio vencedor. O que pode faltar é elenco, mas isso é por conta da diretoria.

Abraço!