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Escrever depois de duas eliminações é uma tarefa bem complicada, os ânimos estão exaltados, tu vê culpado em todos os lugares. Entretanto, depois de uns dias com a cabeça mais fria, dá pra analisar bem e ver alguns pontos que têm que mudar, seja na nossa torcida, nos nossos dirigentes e, principalmente, nos nossos jogadores. Eu me apego à três, são eles: O tal apoio incondicional, as desculpas das eliminações e derrotas e o Grêmio ter virado um time frouxo. Esses, na minha opinião, são temas que deveriam ser abordados, então bóra lá falar deles.

Pelo fim do apoio incondicional

Esse é um assunto bem delicado, seja nas redes sociais, seja no estádio mesmo. A torcida do Grêmio há um bom tempo vem sendo aquela que, mesmo com eliminações, está sempre presente, sempre apoiando e, inclusive, aplaudindo em eliminações/derrotas. Aí eu pergunto: aplaudir em derrota/eliminação é necessário? Você tá vendo seu time ser eliminado de uma competição, tem que xingar, criticar e não aplaudir. Ainda mais se essa eliminação é em casa e para um time bem inferior (como foi o caso para o Juventude, eu estava presente e vi os aplausos). Eu não sou um corneteiro, aviso de antemão antes que me xinguem, acho que durante os 90 minutos deveríamos apoiar e incentivar os jogadores, mas depois disso, se necessário, tem sim que protestar. Tem que vaiar, tem que xingar, tem que pedir raça e tudo. As redes sociais criaram esses monstros do apoio incondicional, você não pode fazer uma crítica que aparece gente de tudo que é lado falando que você não é gremista, que gremista assim tem que trocar de time. Deixa eu ver se entendi: então se eu não sou cego, se eu critico e quero um Grêmio melhor eu não sou gremista? Isso é péssimo pro clube, deixa jogadores e dirigentes tranquilos, porque eles sabem que mesmo perdendo não vão ser criticados. Eu não quero uma torcida que toque fogo em ônibus e invada estádio, eu quero uma torcida que critique, que queira um Grêmio muito maior do que é. Eu peço e quero o fim do apoio incondicional. 
Por uma torcida mais critica com menos apoio incondicional (Fonte: Imagem da internet)

Pelo fim das desculpas

Esse é um problema há tempos no Grêmio, isso vem da sua instituição, passa pelos dirigentes, chega nos jogadores e acaba na torcida. O Grêmio tem sempre uma desculpa pronta pras derrotas. Foi porque o juiz meteu a mão no tricolor, porque faltou preparação, porque tal jogador não estava presente, etc. O Grêmio nunca perde por causa dos outros adversários, mas sim por causa de terceiros, aí não né. Vamos ser realistas, vamos olhar pro nosso próprio umbigo e ver nossos erros. Nós tivemos erros de logística esse ano, erro da falta de vacinação no caso da caxumba e um erro de prioridade. Se o clube tem um problema com a Federação Gaúcha de Futebol este deveria ter priorizado a Primeira Liga e não o Gauchão. Prioriza 5 jogos, ganha a competição e joga de ombros o Campeonato Gaúcho, mas não, fizeram ao contrario e isso é um baita erro. Porém, pra boa parte da torcida e dos dirigentes isso não é erro e só não ganhou o gauchão porque o Novelleto é colorado, porque os árbitros roubam de nós. O Grêmio não ganhou esse campeonato porque foi incompetente em Caxias, porque errou na logística, ou seja, é erro NOSSO, e só NOSSO. Outra coisa que me enche a paciência é a IVI (Imprensa Vermelha Isenta), eu sei tem muitos jornalistas que são vermelhos e ficam se dizendo isentos, eu já bati muito de frente com estes e usei muito esse termo, mas vamos evoluir, se você acha que tal jornalista é vermelho não ouça o mesmo, não leia o mesmo. Nós temos os jornalistas que são azuis, nós temos a nossa rádio, dê prioridade à eles. Vamos evoluir num todo, deixar de lado as desculpas e a imprensa vermelha e focar no nosso Grêmio.

Pelo fim do Grêmio frouxo
Vamos ao que todo mundo gosta, vamos falar de dentro de campo. Ano passado todos gostavam do jeito que o Grêmio jogava, faziam anos que não víamos o tricolor tão bem com a bola nos pés, o tricolor deixou de jogar a base do chuverinho pro centroavante e começou a tocar a bola, criar jogadas e até a dar show. Eu gostei e gosto desse jogo do Grêmio, uma coisa mais evoluída e não tão fácil de ser marcada, mas isso não é tudo. Um time só de toque de bola não chega à lugar algum. O time de 95/96 tinha uma jogada característica que era o cruzamento, era um time técnico também, mas tinha um diferencial: tinha RAÇA E GARRA. TODOS os Grêmios vencedores tinham RAÇA, GARRA E QUALIDADE TÉCNICA. Se tu tiver só qualidade, um time com mais garra te ganha, se tu tiver só raça um time com mais qualidade te ganha. Nós temos que ter TODOS esses quesitos e nós conseguimos. Esse time do Grêmio tem bons jogadores em qualidade técnica, o Luan, Bolaños, Giuliano, Douglas e por aí vai. Mas não tem jogadores com garra, não temos um líder, não temos jogadores com sangue e vontade de ser campeão. Eu quero jogador bandido, que bata quando tiver que bater, que vá dar carrinho aos 90 minutos mesmo estando eliminado da competição. Eu não quero um capitão que aceite pressão de argentino e ache que está tudo bem, eu quero um Grêmio copero, bandido e temido de volta.
Pela volta do Grêmio raçudo, técnico e temido (Fonte: Globo espotre)

 Esse pontos têm que ser mudados pra agora, temos que mudar desde a torcida até os corredores do clube. Um clube com o tamanho do Grêmio não pode ficar tanto tempo na fila, seja de um gauchão, seja de um título importante. Títulos fazem parte da história do clube, um clube que só perde deixa de ser grande e pode, ali na frente, deixar de existir. O nosso Grêmio não vai deixar de existir, porque nós, torcedores, podemos e vamos mudar isso. O momento é de união e de superação, todos juntos podemos fazer com que o Grêmio cresça e volte aos rumos dos títulos.

Pela volta do Grêmio aguerrido e bravo
                                                                                                                                         Gustavo Pizoni

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