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Não precisa de um "olho tático" para ler o jogo de ontem. Na verdade, qualquer um que assistiu o jogo, entendeu o que passou ontem em Itaquera. Pontos desperdiçados por erros bobos (e sem culpar apenas o Tiago). Gols perdidos com uma frequência absurda. Defesa, muitas vezes, atrapalhada. Não julgo. Nunca haviam jogado juntos. Lendo esse início você pode achar que o Grêmio foi horrível em campo. Pelo contrário. Amassamos o Corinthians na própria Arena HP.

Fonte: Gazeta Press


Tinha tudo para ser o melhor jogo do campeonato. Não foi. A qualidade defensiva e a ineficiência dos ataques não permitiu que o jogo tivesse muitos gols, mas se fosse para um time sair vitorioso, este seria o tricolor. Desde o início, foi o Grêmio que tomava as atitudes. Partia pra cima e o Corinthians, muitas vezes, se sentia fora de casa. O time do Roger botou muito mais intensidade que vinha botando e fez um jogo táticamente perfeito. Sem deixar espaços e com boa marcação, o Alvinegro só teve sua primeira chance real de gol quando empatou a partida. Mas, antes disso, as chances de gol foram mais claras para o Grêmio, que quase abriu o placar logo no primeiro tempo, com Pedro Rocha e Marcelo Oliveira, este tendo impedimento no lance. Era o Timão vendo o impeto tricolor que resultaria, logo mais, logo menos, em gol. Mas não foi no primeiro tempo

O segundo tempo começou confirmando o que o primeiro já dizia: O Grêmio mandava em Itaquera. Já havia um cansaço visível no rosto dos jogadores corinthianos e os gremistas aproveitaram disso. Após botar o Corinthians na roda, Walace achou Marcelo Oliveira que botou na área para Bobô, que vinha fazendo uma partida fraca, fazer o gol. Gol de centroavante. Um gol muito parecido com o primeiro diante o mesmo Corinthians, na Arena. Seria a história se repetindo? Quem dera. O Corinthians sentiu o gol. E não foi um pequeno golpe. Grêmio mandava com mais facilidade ainda, então Tite botou aquele que mudaria o jogo. Rildo entrou e puxou toda a marcação, deixando um enorme buraco no lado direito. Obviamente, no início não adiantou muito, mas o Grêmio diminui o ritmo. A mudança era obrigação. Everton já estava na beira do gramado conversando com Roger quando acontecia o improvável: O segundo gol gremista. Nessa hora, os gremista (eu) estavam pulando e berrando comemorando uma vitória, até a anulação - correta - do gol. Isso desestabilizou o time de tal modo que, no lance seguinte, Jadson lançou, livre de marcação, nas costas do Galhardo para Renato Augusto empatar o jogo, em uma saída a lá Victor do Tiago, que ficou no meio da caminho e mais nada pode fazer. Rafael Thiery, que havia entrado no lugar de Geromel, machucado, não imaginou a chegada do meio-campo e também não pode fazer muito. Falha total de posicionamento defensivo e o jogo perfeito ia por água abaixo. A partir desse momento o Corinthians, finalmente, entrou no jogo. Fato esse que ficou marcado após uma bobagem de Bressan e um milagre de Tiago no chute de Rildo. Mas o Grêmio não desistiu. A entrada de Mamute deu outro ânimo e o tricolor quase passou a frente de novo. Passe magnifico de Douglas para Giuliano, que cruzou. O goleiro Cassio afastou mal e o mesmo Douglas, na marca do penalti, mostrou porque não pode mais ser o batedor oficial. Isolou a bola com o gol livre.

O empate foi válido, mas não justo. O sabor amargo vai ficar na boca até o final do campeonato. O líder, dentro de casa, não conseguiu fazer frente ao terceiro colocado e mostrou que só está onde está por conta da arbitragem. Os erros medonhos, que não tiveram na noite de ontem, esconderam o time fraco que é o Corinthians. O Grêmio não se intimou e só aumentou a tese de que é forte candidato a titulo nas duas competições restantes. O Grêmio termina o confronto contra o "Todo Poderoso Timão" sem perder uma partida e sem nenhuma injustiça. Dois jogos maravilhosos e o Roger continua a dar esperança para os gremistas. Os 45 pontos foram atingidos e o Grêmio não tem mais chance de cair. A primeira critica já foi calada. Que venham as próximas. Esse Grêmio tem tudo para nos dar muitas alegrias.

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