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Na noite de ontem, o Nacional (URU) venceu o Oriente Petrolero (BOL) em casa, pelo placar de 2-0 e se garantiu na fase de grupos da Copa Libertadores da América 2014. Vai ser nosso 1º adversário na busca pelo tri da América, dia 13/02, em Montevidéu. O tradicionalíssimo clube charrua, tem 3 Copas Libertadores e 3 Mundiais em seu currículo, um adversário com uma camisa pra lá de pesada. Vai formar junto com Grêmio, Atlético Nacional (COL) e Newell's Old Boys (ARG), o grupo mais difícil da Copa desde 2007, quando possuiu em seu Grupo 4, as seguintes equipes: Internacional (BRA) (que era o atual campeão e acabou fazendo fiasco, caindo ainda na fase de grupos. Aliás, é o único clube que, como atual campeão da Libertadores, caiu ainda na 1ª fase), o Vélez Sársfield (ARG) e o próprio Nacional (URU). A equipe mais fraca deste grupo era o Emelec (EQU). Ainda assim, o Grupo 6 é mais forte, mesmo que NOB nunca tenha vencido uma Libertadores, vai incomodar demais. O Estádio Coloso del Parque é uma panela de pressão em chamas durante 90 minutos. Dos 4 times, 3 já coparam a América, só por aí já podemos ter uma base de como vai será difícil. Mas já que falei tanto em Nacional, tanto o clube do prata quanto o Tricolor dos Pampas, tem muitas coisas em comum, entre elas, uma em especial. Um heroi das duas agremiações, um senhor chamado Hugo Eduardo De León Rodriguez. Pra mim, este é o maior jogador da história das Américas. A identificação que ele tem com os clubes no qual ele torce, é algo impressionante. Fora a sua bela biografia nas duas equipes. 

Vamos aos fatos:

Com 17 anos, De León já era capitão da equipe titular do Nacional. Cinco anos mais tarde, Hugo De León conquistou com a Seleção Uruguaia, o Mundialito de 1980. Durante a comemoração, Hugo De León vestiu a camisa tricolor e diante de milhares de uruguaios, levantou a taça e celebrou a conquista deste campeonato.



Antes de se sagrar Campeão do Mundialito, De León já havia conquistado a América. No dia 6 de agosto de 1980, o Nacional recebeu o Sport Club Internacional no Estádio Centenário, e diante de 65.000 Bolsilludos, o Nacional se tornou Bicampeão da América. Com De León fazendo uma partida impecável e anulando completamente o craque Paulo Roberto Falcão. Antes de assinar com o Grêmio, ele ainda ganhou o Mundial para o Nacional, que venceu o Nottingham Forest (ING) por 1-0. Após a conquista, veio ao Grêmio. E aqui, em menos de um ano como jogador do clube, sagrou-se Campeão Brasileiro de 1981. Em 1983, a glória continental. De León viveu um sonho na noite do dia 28 de julho de 1983. Três anos depois de ganhar a América, jogando pelo clube do seu coração, Hugo De León ganhou a América novamente, desta vez pelo Grêmio. Mas com um pequeno detalhe: o adversário na final, foi o Penãrol (URU), o maior rival do seu tão amado Nacional. No final deste mesmo ano, De León, junto com Portaluppi, Mário Sergio, Paulo Cezar Caju e os demais, fizeram o Mundo se ajoelhar diante da coragem,  da impetuosidade e da bravura da nossa equipe. O Grêmio se tornou Campeão Mundial.

 



Saiu do Grêmio em 1984, e depois de rodar por Corinthians, Santos e Logroñés (ESP), voltou para casa. Em 1988, Hugo De León acerta seu retorno para o Nacional. E o que seria improvável para  todos os demais jogadores de futebol, acontece com De León: conquista pela 3ª vez, a Copa Libertadores da América, desta vez diante do NOB (ARG), e mais tarde, conquista novamente e também pela 3ª vez em sua carreira, o Mundial Interclubes. No mais, Hugo ainda venceu a Recopa Sul-Americana de 1989, selando a conquista da Tríplice Aliança (La Copa, Mundial e Recopa).

Resumindo: ganhou duas Libertadores jogando no seu time do coração. A 1ª delas diante do SCI, maior rival do Grêmio. Ganhou uma Libertadores jogando pelo Grêmio, vencendo na final o Peñarol, maior rival do Nacional. Além de ser campeão nacional e mundial em ambos os clubes. Nenhum atleta na história do futebol sul-americano escreveu uma biografia tão gloriosa e peculiar, como a de Hugo De León aqui na América do Sul.

Muito mais do que apenas um atleta, De León faz parte dos dois clubes como se fosse uma das colunas de sustentação, do palácio de glórias conquistadas por Grêmio e Nacional. Um heroi imortal, um mito uruguaio, um ídolo que jamais será esquecido, nem por gremistas, nem por Bolsilludos.

Muito obrigado por tudo, Hugo Eduardo De León Rodriguez. Mas espero que teu Nacional fique pelo caminho, e que o nosso o Grêmio sagre-se Tricampeão da América em 2014.

Aguante!


Evair Vargas.

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