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Depois de 4 jogos e 4 vitórias, Roger admitiu que o jogo contra o Cruzeiro havia fechado um dos blocos estratégicos feitos por ele. Elogiou o grupo pela boa campanha, por cumprir os objetivos e por mostrar determinação.
Roger é moderno, estudioso. Obviamente estes fatores não tornam ninguém um treinador de sucesso, mas aliados a outras qualidades próprias, ao grupo e ao planejamento, são coisas extremamente importantes na campanha de uma equipe e no sucesso de um treinador.

Nos trabalhos táticos, assim como Diego Aguirre no Internacional, Osório no São Paulo, Tite no Corinthians e mais alguns treinadores rodados mas que seguem estudando o futebol, Roger demonstra diferenciais mesmo sendo de uma nova geração. Gosta de treinos pesados, prioriza que os jogadores se acostumem a correr mais, se acostumem a participar mais. O treinador acredita que a intensidade é um costume que deve ser aprimorado e não algo que deva aparecer apenas no jogo.

"Com os outros treinadores, tínhamos treinamentos mais leves. Roger gosta de forçar nos treinamentos, quando treinamos forte, jogamos forte. Quando damos o máximo nos treinamentos, conseguimos também chegar a este limite no jogo", afirmou Rafael Galhardo em entrevista sobre o treinador.

Divide o campeonato em blocos, cria objetivos sem pensar longe. Não deixa de sonhar com coisas grandes mas parece que o time atua com mais pé no chão. Roger não é marqueteiro, não vende sonhos mas trabalha para realiza-los. Ao invés de dizer ou prometer títulos ou G4 ao final do campeonato, trabalha para fazer 12 de 12 pontos disputados, cada um por vez, cada um em seu momento e de sua forma.

A palavra mais atual no futebol do Grêmio é a intensidade. Física, emocional, comportamental. Roger quer os jogadores ligados, mordendo. A diferença de resultado é nítida. Lembram do Grêmio naquele segundo tempo do GreNal do Beira Rio na final do Gauchão, que mesmo precisando de resultado, tocava a bola sem pressa, sem movimentação e praticamente sem objetivos? Ao invés de instruir em campo os jogadores a não terem esta atitude "fraca", Roger tenta acostuma-los dia após dia a não jogarem daquela forma, a terem força, impeto, velocidade, infiltração, movimentação e atitudes que possam realmente mudar o jogo.

Roger gosta que o Grêmio mande no jogo. Gosta do Grêmio participativo, ativo e firme. O trabalho do treinador até o momento é plausível, não garante nada no campeonato e nem ao próprio treinador, mas é animador por se tratar de finalmente uma nova filosofia estar sendo aplicada ao Grêmio. Que sigamos assim e boa sorte ao nosso grande Gremista Roger!

Por: Ricardo Araujo @ricaraujo16

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