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A Imortalidade não está no fato de jamais perder. Ela é encontrada no acreditar quando todos os demais já desistiram. Ser "Imortal" é muito mais do que uma alcunha, é um modo de vivenciar as pelejas da vida e dos gramados, sejam eles impecáveis ou mesmo os esburacados do interior gaúcho. É saborear a glória, mas também mostrar virtudes de guerreiro ao perecer. É com estas singelas palavras que a equipe do Soccer News Grêmio começa a parabenizar o gigante Grêmio pelos seus 111 anos de história.



Em setembro de 1903, no Centro da capital do Rio Grande do Sul, nascia o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. No começo do ano seguinte, foram disputados os dois primeiros jogos da história do Tricolor. Duas vitórias por 1 a 0 diante do FussBall Club. Alguns anos depois, em julho de 1909, os 10 a 0 aplicados sobre o recém-criado Internacional marcaram o começo de uma das maiores rivalidades do mundo do futebol, o Gre-Nal. A primeira década foi o pontapé inicial de uma trajetória gloriosa, que inclui um título mundial, o bicampeonato da Copa Libertadores, uma Recopa Sul-Americana, os dois títulos do Brasileirão, o tetra da Copa do Brasil e os 36 Estaduais.

Em 1935, a transformação de um atleta em uma lenda. Eurico Lara, em seu último jogo, ajudou o Grêmio a vencer o Gre-Nal que homenageou o centenário da Revolução Farroupilha. O goleiro faleceu dias depois e virou um mito entre os gremistas, sendo o único jogador citado no hino oficial do clube. Em setembro de 1954, a primeira troca de estádio. A Baixada não suportava mais o tamanho da instituição e então foi inaugurado o Estádio Olímpico Monumental.

Nos anos seguintes, veio o heptacampeonato gaúcho. Neste período, o Grêmio disputou treze torneios e perdeu somente um. Em 1970, o primeiro gremista foi convocado para a Seleção Brasileira. Everaldo ajudou o selecionado a ser campeão mundial no México e ganhou uma estrela na bandeira do Tricolor. Em 1983, a redenção. Conduzida pelas chuteiras de Renato, veio a primeira Libertadores, que teve seu ápice com Hugo De León levantando a taça com o sangue jorrando de sua testa. Respingos da batalha. Portaluppi, o eterno camisa 7, fez os dois tentos que deram o Mundial de Tóquio. O primeiro gaúcho a conquistar tais feitos. Nada pode ser maior. "O primeiro é o que fica na história", diria mais tarde o presidente Fábio Koff.

Os anos 90 vieram e o bigodudo Felipão comandou uma geração que até hoje deixa saudades, simbolizada em Paulo Nunes e Jardel e aquele time poderoso, mas especialmente nos carrinhos de Dinho que enlouqueciam a massa. O camisa 10 do Grêmio é o 5. O Rio Grande do Sul e o Brasil viram o Tricolor dos Pampas escrever história e fazer tremer todos aqueles adversários que pisavam no Olímpico.

Estas pequenas citações históricas não são suficientes para homenagear a grandiosidade do Grêmio, mas servem para mostrar a poesia que é sua trajetória. Poesia escrita pelo gênio Lupicínio Rodrigues no hino que diz "Até a pé nós iremos, para o que der e vier, mas o certo é que nós estaremos, com o Grêmio onde o Grêmio estiver".

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