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ZH: Como surgiu a possibilidade do encontro com o Dallas FC?
Rui Costa: Na verdade, nós fomos procurados pelo diretor-executivo do Dallas. Ele ficou sabendo da nossa política de intercâmbio com clubes de fora. Eles nos falou sobre como eles conseguiram incrementar as receitas em um país em que o futebol não é tão popular, conversamos até dentro da possibilidade avançar em termos de convênios.


ZH: O que o Grêmio busca na relação com a MLS?
Rui Costa: O Grêmio acredita que o futebol dos Estados Unidos é um mercado crescente, o Grêmio pode ter exposição da marca lá. Podemos colocar jogadores que não serão utilizados aqui na liga americana, podemos ter intercâmbio administrativo e de marketing. Eles têm uma capacidade muito grande de gerar receita. A nossa intenção é globalizar a marca do Grêmio. Já temos essa ideia com clubes da Argentina, da Suécia.


ZH: E o que a MLS pode ganhar na parceria com o Grêmio?
Rui Costa:  Eles têm interesse porque têm dificuldade na formação de atletas. Ficaram impressionados com a nossa capacidade de formação. Para eles, nessa época de Copa do Mundo aqui no Brasil, fazer parceria com um clube brasileiro é algo de vanguarda. (O Dallas FC) É um clube muito organizado, estruturado financeiramente. Lá os contratos dos jogadores são feitos com a liga. Todo o futebol brasileiro pode aprender com eles, inclusive com uma cota maior de jogadores estrangeiros. Isso pode abrir um mercado importante. Não é à toa que os clubes europeus buscam jogadores na Argentina, Uruguai, Paraguai. Os americanos também têm interesse em jogadores brasileiros.


ZH: Pode haver um estreitamento nessas relações e até a realização de amistosos?
Rui Costa: Olha, foi até algo citado na conversa. Tem torneios que eles fazem lá com patrocinadores. Não é algo de se descartar. Cruzeiro e Fluminense fazem uma pré-temporada em Orlando, não tem nada a ver com a liga, mas é algo que pode acontecer. Não combinamos nada, mas isso chegou a ser falado.


ZH: Você crê na possibilidade de mudança no modelo de gestão do futebol brasileiro a partir de intercâmbios?
Rui Costa: Acho que o modelo de gestão do futebol brasileiro já está mudando, nós temos muito a aprender. O modelo deles é exemplar. O grande modelo atual do futebol é o alemão, mas os americanos têm uma capacidade de gerar receita e mobilizar o público que é impressionante. O futebol não é o esporte número 1. Proporcionalmente comparado ao futebol brasileiro, a receita que eles geram é impressionante.

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