O garoto do Grêmio que está bombando no YouTube com seus gols feitos antes de chegar ao Grêmio também é um viciado no site de vídeos.
O passatempo de Felipe Nunes é ver e rever as jogadas de Kaká, Cristiano Ronaldo e Anderson, ex-Grêmio, todos seus ídolos. Seu sonho é seguir o caminho de Kaká, mas isso é projeto de uma etapa seguinte. Por enquanto, o meia-atacante que vai completar 22 anos em maio está mais preocupado em curtir o vestiário do Olímpico:
— Eu via os caras pela TV, agora estou entre eles. Isso é um sonho — diz Felipe Nunes, dando a ênfase de quem está confidenciando algo.
Os "caras" eram Marquinhos, Victor, Gilberto Silva, Fernando, Mário Fernandes e outros. Por isso, quando chegou ao Olímpico direto do Independente de Limeira, a 145 quilômetros de São Paulo, ele era um tímido. Mal conversava e apenas respondia o que lhe perguntavam. Desde criança na sua cidade de Gama, perto de Brasília, venerava o Grêmio.
Tudo isso contribuiu para que não tivesse coragem de se revelar o que realmente é: um brincalhão inveterado, que faz graça com os colegas e aceita que lhe imponham apelidos. Mal chegou e já o chamam de "Fido Dido", o personagem de comercial com os cabelos arrepiados, segundo a imaginação do volante Fernando.
O principal deste garoto de arrancadas rápidas é sua personalidade. Considera-se uma pessoa bem resolvida apesar da pouca idade e se diz cristão evangélico e por isso já enturmou com Marcelo Grohe, Pablo e Souza.
— Eu sou uma pessoa feliz — orgulha-se.
E diz assim não apenas porque tem casamento marcado no final do ano com a brasiliense Carolina Nogueira. Mas porque o rapaz se considera do tipo família. Mora com a mãe, Eneida, em Porto Alegre, e vive em contato com o restante dos parentes em Paracatu, em Minas Gerais.
Além do humor, Felipe Nunes mudou o físico. Chegou um fracote, com 71 quilos. Mal podia finalizar uma jogada em velocidade. Durante a pré-temporada, o médico Paulo Rabaldo o submeteu a uma avaliação detalhada:
— Ele tinha compleição física de um garoto — assegura Rabaldo. — Ele apresentava a exigência quase de um atleta amador.
O técnico Vanderlei Luxemburgo, que o via queixando-se de dores ao final dos trabalhos puxados do preparador Paulo Paixão, o batizou de "Tô Fraco". Só os trabalhos em dois turnos, que antes lhe tiravam o fôlego, aos poucos o acondicionaram. Mas o tratamento maior passou a ser feito em março. Após os treinos, ele faz musculação no vestiário e ganhou quatro quilos de massa muscular.
Para isso, deixou de comer salgadinhos e chocolate, de fazer lanches em fast food, de tomar refrigerantes e de almoçar às 15h. Obedece rigorosamente, diz ele, às orientações da nutricionista: come frutas e verduras e os carboidratos e proteínas que a comissão técnica impõe.
Garante que, no refrigerador de casa, ele não caça mais refrigerantes:
— Sou um cara disciplinado.
Luxemburgo encontrou-se com Felipe Nunes na sala de conferência e confidenciou o apelido do seu jogador:
— Ele é o "Tô fraco". Está sempre com uma dor — e faz um gesto de quem renga uma perna.
Sobre o técnico Felipe também tem opinião:
— Ele é um orientador. Do jeito rígido, é claro, mas um bom orientador.
Como fazer um craque:
Felipe Nunes chegou ao Grêmio no início do ano com 71kg. Em março, após exame nutricional, submeteu-se a tratamento muscular. Um mês depois, ganhou quatro quilos de massa muscular e atingiu a massa de 75kg.
O que ele fez:
— Musculação na academia do Olímpico após os treinos
Objetivo: criar massa muscular
— Treinos em dois turnos:
Objetivo: crescimento técnico e mais força
— Acompanhamento de assistente social, incluindo psicóloga:
Objetivo: nivelamento social e integração da família
— Acompanhamento de nutricionista:
Objetivo: reeducação alimentar
O que ele comia:
— Carne e batata no clube Independiente, de Limeira-SP
— Sanduíche de fast-food
— Refrigerantes
— Suco açucarado
— Bolachinha recheada
O que ele come:
— Carboidrato
— Verdura
— Frutas
— Sucos
O passatempo de Felipe Nunes é ver e rever as jogadas de Kaká, Cristiano Ronaldo e Anderson, ex-Grêmio, todos seus ídolos. Seu sonho é seguir o caminho de Kaká, mas isso é projeto de uma etapa seguinte. Por enquanto, o meia-atacante que vai completar 22 anos em maio está mais preocupado em curtir o vestiário do Olímpico:
— Eu via os caras pela TV, agora estou entre eles. Isso é um sonho — diz Felipe Nunes, dando a ênfase de quem está confidenciando algo.
Os "caras" eram Marquinhos, Victor, Gilberto Silva, Fernando, Mário Fernandes e outros. Por isso, quando chegou ao Olímpico direto do Independente de Limeira, a 145 quilômetros de São Paulo, ele era um tímido. Mal conversava e apenas respondia o que lhe perguntavam. Desde criança na sua cidade de Gama, perto de Brasília, venerava o Grêmio.
Tudo isso contribuiu para que não tivesse coragem de se revelar o que realmente é: um brincalhão inveterado, que faz graça com os colegas e aceita que lhe imponham apelidos. Mal chegou e já o chamam de "Fido Dido", o personagem de comercial com os cabelos arrepiados, segundo a imaginação do volante Fernando.
O principal deste garoto de arrancadas rápidas é sua personalidade. Considera-se uma pessoa bem resolvida apesar da pouca idade e se diz cristão evangélico e por isso já enturmou com Marcelo Grohe, Pablo e Souza.
— Eu sou uma pessoa feliz — orgulha-se.
E diz assim não apenas porque tem casamento marcado no final do ano com a brasiliense Carolina Nogueira. Mas porque o rapaz se considera do tipo família. Mora com a mãe, Eneida, em Porto Alegre, e vive em contato com o restante dos parentes em Paracatu, em Minas Gerais.
Além do humor, Felipe Nunes mudou o físico. Chegou um fracote, com 71 quilos. Mal podia finalizar uma jogada em velocidade. Durante a pré-temporada, o médico Paulo Rabaldo o submeteu a uma avaliação detalhada:
— Ele tinha compleição física de um garoto — assegura Rabaldo. — Ele apresentava a exigência quase de um atleta amador.
O técnico Vanderlei Luxemburgo, que o via queixando-se de dores ao final dos trabalhos puxados do preparador Paulo Paixão, o batizou de "Tô Fraco". Só os trabalhos em dois turnos, que antes lhe tiravam o fôlego, aos poucos o acondicionaram. Mas o tratamento maior passou a ser feito em março. Após os treinos, ele faz musculação no vestiário e ganhou quatro quilos de massa muscular.
Para isso, deixou de comer salgadinhos e chocolate, de fazer lanches em fast food, de tomar refrigerantes e de almoçar às 15h. Obedece rigorosamente, diz ele, às orientações da nutricionista: come frutas e verduras e os carboidratos e proteínas que a comissão técnica impõe.
Garante que, no refrigerador de casa, ele não caça mais refrigerantes:
— Sou um cara disciplinado.
Luxemburgo encontrou-se com Felipe Nunes na sala de conferência e confidenciou o apelido do seu jogador:
— Ele é o "Tô fraco". Está sempre com uma dor — e faz um gesto de quem renga uma perna.
Sobre o técnico Felipe também tem opinião:
— Ele é um orientador. Do jeito rígido, é claro, mas um bom orientador.
Felipe Nunes está tendo oportunidades com Luxa no Grêmio |
Felipe Nunes chegou ao Grêmio no início do ano com 71kg. Em março, após exame nutricional, submeteu-se a tratamento muscular. Um mês depois, ganhou quatro quilos de massa muscular e atingiu a massa de 75kg.
O que ele fez:
— Musculação na academia do Olímpico após os treinos
Objetivo: criar massa muscular
— Treinos em dois turnos:
Objetivo: crescimento técnico e mais força
— Acompanhamento de assistente social, incluindo psicóloga:
Objetivo: nivelamento social e integração da família
— Acompanhamento de nutricionista:
Objetivo: reeducação alimentar
O que ele comia:
— Carne e batata no clube Independiente, de Limeira-SP
— Sanduíche de fast-food
— Refrigerantes
— Suco açucarado
— Bolachinha recheada
O que ele come:
— Carboidrato
— Verdura
— Frutas
— Sucos
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